segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Yo

homem no zinco

Ok. Ham. Articulações comprimidas e nenhum estalo.
Acredito que eu possa reproduzir qualquer coisa que eu queira, tentdo em mãos um lápis e uma folha de papel (e um apontador). Mas há um problema simples por trás disso tudo, em verdade vos digo, pois quando surge alguém e espia por sobre teu ombro o desenho que estas a fazer, se esse alguém for uma pessoa não muito desenvolvida, ela age de acordo com teus modelos empiricos, perguntando três vezes se foi tu mesmo quem fez aquilo. E depois de afirmarmos com um daqueles olhares sinceros estilo desenho da disney, eles ainda olham com desconfiança. E depois perguntam o básico. "Sabe fazer caricatura?"

A resposta é sempre um NÃO, mesmo sendo mentira. Simplesmente para não aceitar o desafio do primeiro que aparece. Com as meninas é ainda mais estranho, não sei, acho que algumas delas tem um certo fetiche em posar e ser desenhadas...

Mas a mente humana é obscura e esse não é um blog que tenciona solucionar seus mistérios.

Enfim, esse desenho aí foi a única caricatura que fiz nesses últimos anos. No inverno, havia um cara que trabalhava zincando peças. Ele era arredio, um exemplo de ser que não sabe se comunicar, usava sempre a mesma tôca de lã, dessas tipo do "Chaves" e era impossível passar perto dele sem fazer uma careta devido ao seu prolongado mau cheiro. Ele era engraçado (não no sentido legal da palavra) e estranho, só conversava com um cara, um velho cheio de rugas. Os dois jantavam no mesmo horário e tinham a mania de nunca mudar de lugar no refeitório.

O velho era muito volátil com relação a opnião do cara da tôca, pois na janta sempre servia o prato conforme instruções do cara da tôca. E tinha uma compulsiva mania de mentir descaradamente e ficar muito irritado se alguém o contrariasse.

Uma noite, sentado com uma folha, sem ter nada pra fazer, desenhei o velho enrugado e coloquei nele a tôca do cara amarrada.

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