sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Por um mundo melhor

Esses dias fuçando nos discos antigos de uma loja aqui em Esteio (era um presente, visto que quebrei meu toca disco em um dos meus momentos Scorcese). Bem, como dizia, estava eu ali, fuçando, quando veio um carinha que trabalhava na loja, amigo de muitos anos, o qual eu não via há tempos. Normalmente, ele é o tipo de cara de quem fugimos ao encontrar por aí, mas a curiosidade sempre acaba nos trazendo alguns problemas. Nossa, como eu detesto esses boêmios metidos a marxistas. Em Esteio, eles eram uma praga antigamente, todos filiados aos partidos esquerdistas e conversando por horas sobre cretinices.

Como dizia, esse cara convidou-me certa vez a estudar Marx, e atualmente, a tocar com ele num bar ali em Esteio, pois queria aderir uma musicalidade "diferente", esse sincretismo básico que as pessoas costumam chamar de inovador. Confesso que ele é um excelênte músico, mas é lógico que neguei, pois ainda me resta um pouco de convicção e decência, não que estejam diretamente interligadas.

Enfim, vem minha irmã também com suas idéias vermelhas. Puta que pariu, como é revoltante, uma menina que não veste roupas baratas, nunca teve contato com pobreza, namora um cara que ganha exatamente 10 vezes o meu salário (repito isso para enfatizar: 10 VEZES O MEU SALÁRIO) e faz economia na PUCRS vem aporrinhar meus ouvidos com palavras de Marx.

Eu realmente odeio essa merda toda de comunismo, e porras equivalentes, simplesmente. A partir do meu primeiro contato com o proletário, nas minhas noites de trabalho em uma metalúrgica, cheguei a conclusão que os odeio, que eles não servem para nada a não ser fazer peças de metal que eu não sei para que que servem. São inúteis, são gastos de comida, de oxigênio, de espaço... E o pior, fazem parte da maioria.

Ok, eu sei que estava no lugar errado, mas sinceramente, por que antes de pensar em lutar por igualdade esse estudantes vermelhos comunistas de butique e boteco não vão ter uma convivência com essa gente suja. Oh, cara, odeio até o Bruce Springsteen agora, por causa deles.

Sim, bastou uma semana e todo e qualquer desejo revolucionário que tinha em mim morreu, totalmente. Lutar pelo que, por eles, não, nunca...

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